Câmara afasta líder do prefeito preso acusado de chefiar organização criminosa em Amambai

A Câmara Municipal de Amambai aprovou por unanimidade, na sessão desta segunda-feira (27), o afastamento do vereador Valter Brito (PSDB), preso na Operação Laços Ocultos, deflagrada pelo Ministério Público Estadual no dia 16 deste mês. Então líder do prefeito Edinaldo Bandeira, o Dr. Bandeira (PSDB), ele é acusado de chefiar uma organização criminosa e uma rede de empresas que fraudava licitações, superfaturava e desviava recursos públicos.

O requerimento foi proposto pela presidente do legislativo, Lígia Machado (PSDB), e foi aprovado por maioria. Conforme o pedido, o afastamento vai durar enquanto durar as investigações do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e da Promotoria de Justça de Amambai.

A Câmara convocou o primeiro suplente, José Roberto dos Santos, o Jota Roberto, do União Brasil.

A investigação conta com a participação dos promotores de Justiça de Amambai e de Campo Grande e do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção). No total, as empresas ligadas ao tucano ganharam R$ 78 milhões em contratos com o município nos últimos sete anos.

Líder do prefeito na Câmara, Valter Brito está preso e teve habeas corpus negado pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele está recolhido no Centro de Triagem Anízio Lima, por ondem já passaram autoridades e políticos famosos.

De acordo com uma fonte, que acompanha a investigação, a organização fraudava as licitações e vencia, praticamente, todas as realizadas desde 2017. “A organização fraudava as licitações e pela sistemática adotada, superfaturava e executava a menor ou com materiais inferiores”, contou. Perícias realizadas por amostragem confirmaram as suspeitas de superfaturamento, execução de apenas parte do previsto no contratou ou a utilização de material mais barato e de baixa qualidade”, pontuou o desembargador no despacho para manter o vereador preso.

O afastamento é mais um revés na carreira política de Brito, que vinha trabalhando para ser o candidato a sucessão de Bandeira. Ele figurava em segundo lugar nas pesquisas, com 17%, e só ficava atrás da colega de partido, Janete Córdoba.

 

 

fonte: IMS

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