Vereadores acusam presidente da União das Câmara de manobra para ficar mais de 20 anos no cargo

O presidente da União de Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCVMS), Jeovani Vieira (PSDB), está sendo acusado de manobra para conseguir votos e vencer a eleição que acontece nesta quarta-feira (2).

Jeovani Vieira é acusado de proibir novos vereadores de votarem, sustentando que só têm direito quem tem mais de seis meses de filiação. Todavia, permite, por exemplo, que ex-vereadores votem.

A Câmara de Campo Grande, por exemplo, se desfiliou da União das Câmaras depois que o Tribunal de Contas proibiu de fazer o repasse para instituição. Com isso, a maioria dos parlamentares não terão direito ao voto.

“O Tribunal de Contas proibiu repassar o dinheiro porque não tinha certidão negativa, não prestava contas, não fazia nada. Ai o TCE recomendou não passar. Eu, com receio de ter que devolver isso, não repassei. Algumas Câmaras não tiveram essa recomendação e pagavam. Eu suspendi o pagamento”, explicou o primeiro secretário da Câmara de Campo Grande, vereador Carlão (PSB).

Embora proíba novos de votarem, o atual presidente permite que vereadores não reeleitos tenham direito a votar e teria filiado 140 ex-vereadores, que poderão votar nele para mais quatro anos, completando mais de 20 à frente do cargo.

Recentemente, a 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande aceitou denúncia contra ele por conta de supostas irregularidades na prestação de contas de 2021 da entidade. A denúncia aponta falhas de R$ 164,1 mil em pagamentos, com falta de notas. Jeovani nega e atribui o problema a práticas antigas.

Das 79 Câmaras Municipais do estado, apenas 29 permanecem filiadas –  uma queda vertiginosa frente às mais de 60 associadas no passado.

A eleição acontece no próximo dia 2 de abril e tem como candidatos além de Jeovani, que é vereador de Jateí, o candidato da oposição, vereador de Dourados, Daniel Júnior (PP).

A reportagem tentou, mas não conseguiu retorno de Jeovani. O espaço segue abertopara manifestações.

 

 

 

ims

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