Na área de condições de vida da população, que avalia o percentual de domicílios com condições inadequadas, o percentual de domicílios com saneamento adequado e as emissões de CO2 per capita, Mato Grosso do Sul ocupa a 16ª posição.
Apesar da má pontuação, o Estado registrou crescimento de 3 pontos percentuais no saneamento, possuindo 50,8% de domicílios com saneamento adequado atualmente.
Na educação, o estado se encontra em 14º no ranking. Nesta área, são avaliadas a razão entre matrículas em creche e o total de crianças de 0 a 3 anos, a razão entre matrículas em pré-escola e o total de crianças de 4 a 5 anos, e as nota padronizada Saeb do Ensino Fundamental I, do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio (Rede Total).
Mato Grosso do Sul perdeu três posições na cobertura de creche e sete na cobertura da pré-escola, indicador no qual o estado ocupa a sua pior posição, sendo o 26º entre os vinte e sete estados da federação.
O estado se destacou na área de Infraestrutura, garantindo a 4º posição. Neste índice, são consideradas a porcentagem de rodovias pavimentadas com qualidade boa ou ótima, o percentual de moradores que utilizaram internet nos últimos três meses, percentual de domicílios com pelo menos um telefone fixo ou celular, frequência equivalente de interrupção e duração equivalente de interrupção.
Outro destaque é o Desenvolvimento Econômico, índice em que o estado ocupa a 7ª posição. Nele, são avaliados o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, a taxa de desemprego e o percentual de ocupados informais de 15 anos ou mais.
Na última década, o estado avançou três posições neste índice, sendo duas delas no último ano.
Ranking geral dos Estados.
O diretor da Macroplan e coordenador do estudo, Gustavo Morelli, destaca que nos próximos quatro anos o governo federal terá pouco espaço para ampliar transferências voluntárias de recursos, tanto pelas restrições orçamentárias, quanto pela disputa legislativa crescente pela destinação desses recursos.
“Aos governadores e suas equipes será demandado maior robustez e seletividade na definição de estratégias que contribuam para fazer avançar a capacidade de entrega dos governos”. Ele ressalta que as receitas próprias dos Estados devem iniciar 2023 pressionadas, em decorrência das desonerações promovidas pelo Governo Federal em 2022 como, por exemplo, de combustíveis e energia.
Segundo Adriana Fontes, coordenadora do estudo, as lideranças políticas precisam assumir um forte protagonismo na priorização de estratégias que possam fazer os Estados avançarem, evitando ações fragmentadas e a dispersão dos recursos e esforços que produzem baixo impacto.
“Os desafios que estão postos para os próximos anos demandam um salto de patamar na gestão, inovações na forma de executar as políticas públicas e uma estratégia de desenvolvimento coordenada, especialmente com os municípios, para melhoria dos indicadores socioeconômicos”, conclui.