Juiz de Sidrolândia defende manutenção da prisão de vereador da capital por corrupção

Juiz Fernando Moreira Freitas da Silva diz que não há ilegalidade no fato de prisão de vereador ter sido decretada por comarca do interior e não da Capital (Foto: Arquivo)

O juiz

Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, afirmou que não há ilegalidade na prisão preventiva do vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB). Encarcerado desde o dia 3 deste mês, o genro da prefeita Vanda Camilo (PP), a defesa alegou que o magistrado não tinha competência para decretar a prisão de supostos integrantes de organização criminosa.

Na manifestação encaminhada ao desembargador José Ale Ahmad Netto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o magistrado pontua que não há nenhuma ilegalidade no fato da prisão ter sido determinada por ele e não por um integrante das Varas Criminais de Campo Grande.

“Nesse ponto, salvo melhor juízo de Vossa Excelência, a interpretação que deve prosperar é a de que o Provimento nº 162/08 do CSM/TJMS não retira a competência constitucional do juízo natural do processo para a análise dos pedidos cautelares de natureza criminal, mas, deforma concorrente, amplia a competência dos Juízos Criminais da Capital para a análise de tais pedidos”, pontuou Silva.

“Se o provimento administrativo tivesse o condão de subtrair a própria competência do juízo natural, afastando-o da possibilidade de análise das medidas cautelares relativas aos processos de sua competência, certamente tal ato administrativo seria manifestamente inconstitucional”, ressaltou.

Sobre os motivos para determinar a prisão preventiva do vereador, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva destacou que não há fato novo. “Ao tempo em que externo os meus cumprimentos, nos autos supracitados, informo a Vossa Excelência que, em relação aos motivos da prisão preventiva, não há nenhum fato novo a acrescentar, além daqueles já exaustivamente mencionados na decisão combatida”, afirmou.

Claudinho Serra é investigado por chefiar suposta organização criminosa e pelos crimes de corrupção, peculato e fraude em licitações. Ele informou à promotoria que ficaria em silêncio e não responderia a nenhuma pergunta. O vereador foi preso na 3ª fase da Operação Tromper.

 

 

 

oj

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