A reunião entre caciques dos partidos nesta segunda-feira (15) deixou encaminhado o acordo entre MDB e PSDB para as eleições de 2024, em Mato Grosso do Sul. “Madrinha” desta união, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirma que a aliança tem o aval da direção nacional emedebista.
“Vou ser a madrinha dessa união. Vim aqui em nome do MDB Nacional só para selar esse acordo. O acordo foi feito ao nível regional. Vocês sabem da forma como eu procedo. Eu não tenho hábito de me envolver em questões político partidárias respeitando a decisão partidária dos presidentes das executivas dos partidos”, declarou Simone, após reunião com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e secretários de governo.
Além do encontro com o chefe do Parque dos Poderes, Simone participou de um almoço entre políticos de peso como os ex-governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB), o ex-senador Waldemir Moka, o secretário de governo Eduardo Rocha e os deputados estaduais Junior Mochi, Renato Câmara e Marcio Fernandes, todos também do MDB.
Membro do governo tucano e marido de Simone, Eduardo Rocha é um dos principais articuladores da aliança entre os dois partidos desde o pleito de 2022.
“A mais de 6 meses conversamos para que o MDB e o PSDB faça um acordo para caminhar juntos, de uma vez daqui pra frente, como aliados, tomando decisões juntos, com candidaturas de municípios, sentando à mesa e discutindo tudo”, declarou Rocha, conforme registro do Campo Grande News.
Presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja garante que está próximo do acordo com as principais lideranças do MDB no Estado. “Estamos conversando com o André, com o ex-senador Moka, com os três deputados eleitos pelo MDB e com as lideranças, inclusive com a Simone, que foi candidata a presidente da República pelo MDB, acho que tá amadurecendo”.
“Nós tivemos várias conversas nesses últimos dias e eu acho que é possível a gente recompor de novo uma aliança. A gente tem que entender que a política local do município você tem que respeitar as vontades locais. Tem lugar que é possível fazer aliança, tem lugar que é impossível. Mas isso não impede da gente ter uma unidade estadual”, afirmou Azambuja, após reunião com Simone e Riedel, conforme registro do Correio do Estado.
Caso a parceria se repita, o PSDB deve manter sua hegemonia em Mato Grosso do Sul, que tem sob seu comando a maioria das prefeituras, enquanto o MDB pode começar a se reabilitar das derrotas recentes tanto ao Governo do Estado quanto para a prefeitura da Capital.
No pleito em que Riedel saiu vencedor, André não conseguiu sequer chegar ao segundo turno, tendo liderado em praticamente todas as pesquisas de opinião. O MDB ainda viu o PP, da senadora Tereza Cristina, conseguir mais poder como o comando da Assembleia Legislativa, com aval tucano.
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