Mato Grosso do Sul registrou o menor número de portabilidade telefônica de aparelhos móveis dos últimos dois anos em 2022, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) levantados pelo Jornal Midiamax.
O total de operações deste tipo nas principais operadoras do país (Vivo, Oi, Claro e Tim) no ano passado foi de 77.237 portabilidades. Esse número é superior somente ao registrado em 2019, que foi de 75.763 trocas de empresas.
Desde 2008, a portabilidade permite a troca de operadora de telefonia sem que o consumidor perca seu número de telefone fixo ou móvel. Segundo o RGP (Regulamento Geral da Portabilidade), as migrações devem ser solicitadas de acordo com o serviço, ou seja, de móvel para móvel ou de fixo para fixo.
Em 2021, MS registrou o maior número de portabilidades: 82.982 operações. Enquanto em 2020 esse valor chegou a 78.266. Desde 2008, o Estado acumula 615.395 portabilidades telefônicas de telefonia móvel.
Menor número da história
No caso dos telefones fixos, os clientes podem mudar de endereço, mas sem mudar de operadora ou somente ir de uma empresa para outra – até mesmo os dois casos juntos. Em MS, o número registrado em 2022 é o menor da história: 6.977.
Ele só é maior que 2008, o ano de implantação da portabilidade telefônica, que registrou 5.451 processos. O ano de 2012 foi o que mais registrou portabilidades, atingindo a marca de 20.989. Entretanto, a partir de 2015 os números começaram a cair.
Oi e Vivo perderam clientes
Voltando a falar de telefonia móvel, no ranking das principais operadoras que perderam clientes, a Oi e Vivo terminaram com saldo negativo em 2022 (-19.537 e – 6.686, respectivamente). Vale lembrar que a Oi entrou em recuperação judicial e acabou vendida para a Vivo, Claro e Tim.
A Anatel autorizou a venda para as rivais em janeiro de 2022 e a previsão é que os clientes sejam totalmente migrados até o junho de 2023. Entretanto, quem mais fez portabilidades no ano passado foi a Vivo (26.786) e quem mais recebeu clientes foi a Claro (37.765).
Esse troca-troca de operadoras deixa um saldo líquido para as empresas, que pode ser positivo (receberam mais clientes do que saíram) ou negativo (saíram mais pessoas e receberam menos).
A prestadora de serviço de telefonia móvel que perdeu um cliente consta como “doadora”, enquanto aquela que recebeu a portabilidade se chama “receptora”.
Confira o ranking:
Como fazer portabilidade?
De acordo com a ABR Telecom, para efetivar o processo da portabilidade numérica, o usuário deve procurar a operadora para onde ele quer migrar e fazer a solicitação. O regulamento da portabilidade numérica determina que, entre os critérios a serem atendidos para efetivar a migração, o solicitante deve:
- Informar à operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo;
- Comprovar a titularidade da linha telefônica;
- Informar o número do documento de identidade;
- Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica;
- Informar o endereço completo do assinante do serviço;
- Informar o código de acesso;
- Informar o nome da operadora de onde está saindo.
Ao final do processo, a operadora para a qual o usuário deseja migrar informará o número de protocolo da solicitação para o acompanhamento do processo de transferência.
O tempo de transferência para a realização da migração numérica é de três dias úteis ou após esta data, se o usuário desejar agendar. Em casos de desistência do processo, o usuário tem dois dias úteis, após sua solicitação de transferência, para suspender a migração.
mdx