Leandro Caramalac aconselha prefeito de Terenos a suspender contrato de empresas investigadas

A Câmara de Vereadores de Terenos, após 48 horas, quebrou o silêncio sobre a ação policial que movimentou a cidade nesta semana. O Gaeco e o Gecoc deflagraram a Operação Spotless, levando para a cadeia o prefeito Henrique Budke (PSDB) e outras 15 pessoas. Mais de 50 locais foram ‘revirados’ pelos agentes em busca de novas provas para o esquema de fraude em contratos na Secretaria de Obras do Município, já investigado desde o ano passado.

Em coletiva na manhã desta sexta-feira (12), o presidente da Casa de Leis Leandro Caramalac (PSD) evitou comentar a prisão, falando que cabe a justiça ir atualizando os fatos e provas, para depois os vereadores avaliarem a situação, mas recomendou ao vice-prefeito que assume o comando da cidade ainda nesta sexta, para que suspenda todos os repasses às empresas investigadas, começando assim um novo ciclo administrativo.

“Não nos cabe falar do prefeito Henrique nesse momento, mas sim, empossar o vice para dar todo o apoio necessário para o andamento na cidade”, disse.

O ato que vai oficializar a posse do vice-prefeito, Dr. Arlindo Landolfi, ocorrerá às 10h dessa sexta-feira.

O presidente da Câmara Municipal de Terenos, lembrou ainda, qua a Casa de Leis ainda,  irá revogar atos que autorizaram linhas de crédito à gestão, e doações de terrenos, ficando essa situação, para nova análise, com acompanhamento jurídico.

Durante a coletiva, o presidente justificou que na primeira fase da ação, deflagrada em agosto de 2024 com a Operação Velatus, não havia menção ao nome de Bundke, sendo isso um dos motivos em que a atual legislatura, aguarda pareceres jurídicos para agir. Ele ainda afirmou que, como se tratava de uma operação em período eleitoral, e a maioria dos atuais parlamentares não seriam vereadores ainda, houve esse desencontro de fiscalização, não podendo responsabilizar a atual legislatura de omissão.

“A câmara fiscalizou os contratos. R$ 15 milhões aplicados em obras, foram entregues. Não teve superfaturamento de obra, não menciona que obra não foi entregue. Descobrimos propina depois da operação. Nenhum vereador consegue mensurar isso porque está dentro dos valores aplicados. Até o momento, não fooi encontrado superfaturamento de obras”, afirmou o parlamentar durante a coletiva.

Por fim, Leandro Caramalac afirmou que diante da ação policial que revelou articulada organização criminosa na gestão municipal de Terenos, “não existe e nem poderá existir palanque político”, estamos falando dos destinos de um município, do atendimento a população, a crianças, idosos, enfim, o momento é muito delicado, exigindo de todos os vereadores, responsablidiade e compromisso com a administração municipal.

 

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