Eduardo Leite anuncia saída do PSDB, Riedel será o único governador tucano no país

Caberá ao governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), o famoso “apagar a luz” no moribundo PSDB. O partido, que já foi o maior do País, encolheu com o tempo e tem perdido cada vez mais filiados. O governador do Rio Grande do Sul, que presidiu o partido antes da eleição presidencial, Eduardo Leite, avisou aliados que vai deixar o partido.

Eduardo Leite deve seguir o caminho da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que trocou o PSDB pelo PSD, presidido por Gilberto Kassab. Com isso, dos três governadores eleitos no PSDB, apenas Riedel continuará, pelo menos por enquanto.

Kassab veio a Campo Grande no mês de fevereiro, para um encontro na casa de Riedel. Na ocasião, fez o convite para a filiação. Entretanto, o governador sinalizou que esperaria as definições sobre o futuro do partido.

O PSDB nacional chegou a conversar sobre fusão com PSD, MDB, Republicanos, Solidariedade e agora está perto de se unir ao Podemos. As conversas com o PSD foram interrompidas porque o grupo comandado por Aécio Neves (PSDB-Minas) foi contra, alegando que o partido era muito grande para simplesmente desaparecer.

Com o veto de Aécio, o partido encerrou a conversa com o PSD e agora trabalha para uma fusão com o Podemos, o que não agrada a cúpula tucana em Mato Grosso do Sul, porque avaliam que pouco mudaria a situação atual do partido: sem tempo na televisão e fundo partidário, porque elegeu uma bancada pequena de deputado federal na última eleição.
Antes da última reunião com a cúpula do PSDB, Riedel se encontrou com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para saber sobre o futuro dele e recebeu a garantia de que ele permanecerá no Republicanos. Com isso, é grande a chance do governador se filiar ao Republicanos.
Neste caso, o governador teria duas opções viáveis, de partidos com tempo e dinheiro para a campanha do próximo ano. Riedel também foi convidado para o PP, mas o partido já tem uma líder no Estado, a senadora Tereza Cristina.

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, pediu prazo até este mês para decidir o futuro do partido e Riedel e o presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, aguardam este tempo perdido para anunciar o destino.

Para Riedel a situação é mais tranquila, porque ele pode trocar a qualquer momento. Já Reinaldo Azambuja fez promessa de filiação ao Partido Liberal (PL) e terá dificuldade para descumprir o compromisso feito com Jair Bolsonaro (PL).

Pré-candidatos ligados ao grupo político de Riedel e Reinaldo estão de olho nos passos dele e, mais que isso, de uma possível fusão do PSDB com outra sigla. Neste caso, vereadores teriam 30 dias para mudar de partido, sem perder o mandato. Para deputados, o caminho é mais tranquilo, porque independentemente de fusão, no início do próximo ano eles ainda podem trocar de legenda, na janela partidária.

 

 

 

 

ass.com/PSD

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