O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já começou a mapear nomes para disputar o Senado em 2026, buscando fortalecer sua base de apoio no Congresso. No Mato Grosso do Sul, a aposta pode ser em Gianni Nogueira (PL), vice-prefeita de Dourados e esposa do deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS).
A escolha faz parte de uma estratégia para garantir senadores alinhados ao ex-presidente, evitando nomes que, segundo aliados, atuam de forma independente e nem sempre seguem suas orientações.
Distanciamento de Tereza Cristina
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, deixou de ser prioridade para Bolsonaro após divergências políticas. O rompimento ficou evidente nas eleições municipais de Campo Grande, quando ela apoiou a reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP), enquanto Bolsonaro ficou ao lado de Beto Pereira (PSDB).
Além disso, Bolsonaro não pretende repetir o apoio a nomes como Marcos Pontes (PL-SP), que contrariou sua orientação ao lançar candidatura própria à presidência do Senado, desconsiderando um acordo para apoiar Davi Alcolumbre (União-AP).
Estratégia para o Senado em 2026
Aliados de Bolsonaro afirmam que o foco é eleger entre 25 e 29 senadores para garantir maior influência no Congresso. Ele quer nomes de confiança, com trajetória consolidada e alinhados às suas pautas.
No Centro-Oeste, além de Gianni Nogueira em MS, Bolsonaro avalia apoiar Antonio Galvan (MT), produtor rural e ex-presidente da Aprosoja Brasil, além do governador Mauro Mendes (União-MT). Em Goiás, o deputado Gustavo Gayer (PL) é o favorito, enquanto o cantor Gusttavo Lima também é cogitado como candidato.
Articulações pelo Brasil
São Paulo: Eduardo Bolsonaro e Guilherme Derrite
Rio de Janeiro: Flávio Bolsonaro e Cláudio Castro
Distrito Federal: Michelle Bolsonaro e Bia Kicis
Minas Gerais: Maurício do Vôlei
Paraná: Ricardo Barros ou Cristina Graeml
Santa Catarina: Caroline de Toni
Rio Grande do Sul: Zucco
Paraíba: Pastor Sérgio Queiroz
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