No primeiro semestre de 2024, o Brasil teve um desempenho recorde nas exportações de carne bovina, alcançando 1,29 milhão de toneladas, um aumento de 27,3% em relação ao mesmo período de 2023. O faturamento foi de US$ 5,69 bilhões, um crescimento de 17%. Em junho de 2024, as exportações foram de 220.184 toneladas, gerando US$ 953,09 milhões, um valor um pouco menor que nos dois meses anteriores.
Em 2024, os principais importadores de carne bovina do Brasil foram a China, com 565.654 toneladas e US$ 2,5 bilhões (crescimento de 10,2% no volume); Emirados Árabes Unidos, com quase 95 mil toneladas (aumento de 238%) e US$ 435 milhões; e Estados Unidos, com 85.395 toneladas (alta de 19,7%) e US$ 515 milhões. Hong Kong importou 61 mil toneladas (alta de 10,6%) e US$ 196 milhões, seguido pelo Chile, com 48.726 toneladas (aumento de 9,4%) e US$ 229 milhões.
A carne bovina in natura representou 87,7% do volume total exportado pelo Brasil (1,13 milhão de toneladas), sendo 88% desse total sem osso. A carne com osso, que ainda enfrenta restrições de acesso em alguns países, teve como maior mercado a Malásia, com 2.168 toneladas, seguida por Paraguai (1.542 toneladas), Marrocos (905 toneladas), Angola (619 toneladas) e Singapura (467 toneladas).
De acordo com o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, o Brasil segue firme na liderança mundial de exportações de carne bovina e o setor trabalha ativamente, em ampla parceria público-privada, especialmente com o Mapa e a ApexBrasil, na abertura de novos e consolidação dos mercados já existentes. “Atualmente, a carne brasileira já está presente em 158 mercados, mas ainda temos margem para penetrar em países como Japão, Coreia do Sul, Vietnã e Turquia, que representam cerca de 25% da demanda mundial por carne bovina”, pondera.
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