Congresso Brasileiro do Cooperativismo aborda o futuro do cooperativismo brasileiro

Aconteceu nos dias 14, 15 e 16 de maio de 2024 em Brasília/DF a 15ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC). Considerado o mais importante do setor, o evento propõe desta vez um desafio: planejar e construir, juntos, o futuro que queremos para o cooperativismo brasileiro. No congresso são tomadas as grandes decisões e definidos os rumos do movimento.

Com a priorização das diretrizes estratégicas, foi possível delinear os próximos cinco anos de ação do movimento. As diretrizes foram definidas em seções temáticas contendo 10 temas principais: Comunicação, Cultura Cooperativista, Inovação, Intercooperação, ESG Social, ESG Governança, ESG Gestão, ESG Ambiental, Negócio e Representação. Durante o segundo dia, nas seções temáticas, foram escolhidas/priorizadas 100 propostas (10 de cada tema), e no último dia foram escolhidas 25 diretrizes prioritárias, sendo que a escolha foi baseada em dois critérios-chave: impacto e urgência.

As 25 diretrizes escolhidas irão orientar o planejamento estratégico do Sistema OCB para o período de 2025 a 2030. A seguir apresentamos as diretrizes prioritárias para cada tema:

Comunicação

– Definir públicos estratégicos, selecionar canais de comunicação e adaptar a linguagem para atingir todos os públicos de forma eficaz, acessível e inclusiva.

– Promover ações de sensibilização e engajamento da comunidade escolar e da sociedade em geral sobre os princípios benefícios do cooperativismo, por meio de eventos, campanhas educativas e programas de educação continuada.

Cultura Cooperativista

– Difundir o cooperativismo na educação formal brasileira em todos os níveis (do ensino básico ao técnico e superior), por meio de parcerias com escolas, universidades e órgãos educacionais.

– Promover a formação das lideranças cooperativistas para fortalecer o seu papel como promotoras e multiplicadoras da cultura cooperativista dentro de suas organizações e no movimento.

Inovação

– Promover a prática da intercooperação como ferramenta para potencializar a inovação e reduzir custos com tecnologias nas cooperativas.

– Promover uma maior disseminação das soluções em inovação e tecnologia disponibilizadas pelo Sistema OCB para as cooperativas.

Intercooperação

– Ampliar a conscientização para o consumo dos produtos e serviços das cooperativas dentro do próprio sistema cooperativista.

– Promover eventos, encontros, feiras, intercâmbios e fóruns para fortalecimento da intercooperação entre diferentes ramos e cooperativas.

ESG Social

– Investir no desenvolvimento profissional e educacional dos cooperados e colaboradores, oferecendo oportunidades de aprendizado contínuo, programas de capacitação e incentivos para o aprimoramento de habilidades visando promover o crescimento pessoal e profissional de todos.

– Realizar estudos que demonstrem os benefícios e impactos positivos da presença das cooperativas no desenvolvimento social das comunidades onde estão inseridas.

ESG Governança

– Capacitar os dirigentes a fim de garantir uma cultura de tomada de decisão baseada em dados.

– Promover a sucessão nas cooperativas, com diretrizes claras e aplicáveis, de forma a garantir a perenidade e a sustentabilidade dos negócios.

ESG Gestão

– Aprimorar as qualificações das lideranças e cooperados em gestão, fortalecendo as habilidades e conhecimentos para promoção de uma gestão eficaz, estratégica e orientada para resultados.

– Promover programas de incentivo para uma maior participação de jovens e mulheres na gestão da cooperativa.

ESG Ambiental

– Comunicar à sociedade brasileira e internacional os impactos positivos das ações ambientais realizadas pelas cooperativas.

– Promover educação ambiental dos cooperados e colaboradores para conscientizar e orientar as práticas das cooperativas.

Negócio

– Capacitar lideranças e equipes cooperativas para desenvolver uma mentalidade orientada para as necessidades dos clientes e/ou cooperados, com foco na agregação de valor.

– Expandir o uso de novas tecnologias e inovação, como inteligência artificial, pelas cooperativas para gerar automações, ganho de eficiência e impulsionar o crescimento dos negócios.

– Promover a prática da intercooperação como ferramenta para potencializar os negócios das cooperativas.

– Promover ações de educação e conscientização tanto para os cooperados quanto para as comunidades em geral, destacando os benefícios econômicos e sociais do cooperativismo como modelo de negócio estável.

Representação

– Ampliar o relacionamento entre o sistema cooperativista e os três poderes, incluindo o Ministério Público e os tribunais de contas, na construção de legislações e políticas públicas de interesse do cooperativismo em âmbito estadual e nacional.

– Atuar junto ao Governo Federal para adequar a tributação do INSS de cooperado autônomo.

– Atuar pela defesa do ato cooperativo nas legislações, normativos tributários e decisões judiciais.

– Fortalecimento da Lei 5.764/71, com a modernização de dispositivos que ampliem a transformação digital e as fontes de financiamento das cooperativas.

– Reforçar fontes orçamentárias e adequar linhas de crédito oficiais para todos os segmentos de cooperativismo, garantindo a continuidade das atuais políticas de fomento ao modelo de negócio cooperativista.

A COOASGO foi representada no evento pelo Diretor Presidente Sr. Rainer Josef Ruiz de Goehr e pelo Diretor Superintendente Sr. Cristiano Mattei.

“Foram 3 dias de aprendizado, informações, networking e o mais importante, nestes 3 dias foram definidas as diretrizes que irão nortear o cooperativismo nos próximos 5 anos,” relatou o Diretor Superintendente.

O Diretor Presidente enfatizou que o “15° CBC foi uma oportunidade ímpar de poder estar contribuindo para um crescimento cada vez maior do Cooperativismo Brasileiro. Foi uma semana de muito trabalho e imersão em dez temas de imenso interesse para o Cooperativismo. Os congressistas se dividiram entre os dez temas eleitos pelas regionais, como os principais temas relevantes. Durante o congresso foram eleitas as 25 principais diretrizes para os próximos 5 anos”.

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