Rio Grande do Sul tem ano catastrófico com quatro desastres climáticos

Em um período devastador de menos de 12 meses, o Rio Grande do Sul foi atingido por quatro graves desastres climáticos, resultando em mais de 100 mortes e dezenas de desaparecidos. O governador Eduardo Leite descreveu os recentes temporais que começaram em 29 de abril de 2024 como o “maior desastre do estado”, superando tragédias anteriores, incluindo as enchentes no Vale do Taquari em setembro de 2023, que resultaram em 54 fatalidades.

Sequência dos Desastres

  • Junho de 2023
  •  A primeira das tragédias ocorreu com um ciclone extratropical que impactou principalmente o Litoral Norte, deixando 16 mortos. Especialistas atribuem a severidade do evento ao calor anormal que precedeu a chegada de uma frente fria.
  • Setembro de 2023
  •  A pior enchente até então vista no estado devastou o Vale do Taquari, ceifando 54 vidas. Originado de um sistema de baixa pressão no Paraguai, este desastre foi exacerbado por um ciclone extratropical que trouxe chuvas intensas e rápidas para a região.
  • Novembro de 2023
  •  Um novo episódio de chuvas intensas atingiu novamente o Vale do Taquari, além da Serra e da Região Metropolitana, resultando em cinco mortes. Este evento foi caracterizado por chuvas persistentes, alimentadas por frentes frias consecutivas e áreas de instabilidade.
  • Abril/Maio de 2024
  • Os eventos mais recentes já totalizam 32 mortes, com 60 pessoas desaparecidas. As regiões Central, dos Vales, Serra e a Metropolitana de Porto Alegre foram as mais afetadas.

Impacto Atual e Resposta

Atualmente, o estado contabiliza cerca de 14,8 mil desalojados ou abrigados, com a Defesa Civil e outros órgãos em alerta máximo. Segundo especialistas, a combinação de um bloqueio atmosférico que retém frentes frias sobre o estado e uma intensa umidade vinda da Amazônia contribui para a severidade das chuvas.

Maria Angélica Gonçalves, especialista em meteorologia, alerta para a possibilidade de que este seja o evento mais catastrófico já registrado, potencialmente superando as cheias históricas de 1941 e 2023. A previsão indica que a chuva pode continuar intensa até o próximo sábado, com riscos de mais enchentes e danos.

As autoridades estaduais e municipais estão mobilizadas em esforços de resposta e recuperação, enquanto as comunidades tentam se recuperar das perdas contínuas. Este ano excepcionalmente trágico destaca a urgente necessidade de políticas mais robustas de prevenção e preparação para desastres naturais, bem como investimentos em infraestrutura para mitigar os efeitos destes eventos cada vez mais frequentes e severos.

 

 

 

 

fonte: DCRS

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