No cenário atual de instabilidade econômica e geopolítica, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tranquilizou o mercado ao descartar um aumento iminente nos preços dos combustíveis no Brasil. Durante um evento no Rio de Janeiro, voltado para o fortalecimento da indústria naval nacional e o setor energético offshore, Prates enfatizou que as condições de mercado estão sendo avaliadas de perto, mas, até o momento, não há razão para um reajuste nos preços.
“Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover. E o preço do petróleo indica isso”, afirmou Prates ao jornal O Globo.
Essa posição da Petrobras vem em meio a uma série de desafios enfrentados pela estatal, incluindo a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) em Três Lagoas, paralisadas desde 2014. O presidente confirmou que as etapas para conclusão da unidade devem ser retomadas até o final deste ano, com o processo licitatório para o reinício das obras previsto para dezembro de 2024.
Essa retomada das obras da UFN3 é de grande importância estratégica, não apenas para a Petrobras, mas também para a economia nacional. Quando concluída, a unidade deve reduzir significativamente a dependência brasileira de importações de fertilizantes nitrogenados, contribuindo para a autonomia do país nesse setor.
Além disso, Prates refutou um dossiê que questionava sua permanência no comando da estatal e afirmou que sempre defendeu a inclusão do projeto da fábrica no Planejamento Estratégico da Petrobras. Ele ressaltou que a decisão de retomar as obras foi baseada em uma demonstração técnica de viabilidade financeira.
Enquanto isso, o mercado internacional de petróleo apresenta volatilidade, com o preço do petróleo Brent, referência internacional, oscilando. Apesar disso, Prates enfatizou que o conflito no Oriente Médio não deve interferir nos preços dos combustíveis no Brasil.
No meio desse cenário desafiador, a Petrobras enfrenta uma crise que se estende até mesmo ao seu Conselho de Administração. No entanto, Prates demonstrou estar tranquilo em relação à situação interna da empresa, destacando sua agenda de compromissos e reuniões em Brasília.
Assim, mesmo em meio a turbulências, a Petrobras busca manter uma posição estável e focada em suas operações, enquanto continua a enfrentar os desafios do mercado e da política nacional e internacional.
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