A fuga de dois presos da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, resultou em uma série de providências tomadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
O ministro ordenou uma revisão nos protocolos de segurança das cinco penitenciárias federais do país, abertura de inquérito pela Polícia Federal para investigar a fuga e a inclusão dos nomes dos fugitivos na lista da Interpol.
Além disso, o Ministério da Justiça publicou uma portaria que suspende entre quinta-feira(15) e sexta-feira (16) o banho de sol e visitas sociais nos presídios.
Nesses dias, também fica suspensa a visita de advogados e atividades de assistência educacional, laboral e religiosa, com exceção dos atendimentos emergenciais de saúde.
Segundo informações preliminares, os dois fugitivos são Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos. Também conhecidos como “Tatu” ou “Deisinho”. A fuga foi na última terça-feira (13), feriado de Carnaval.
Além disso, Lewandowski determinou o afastamento imediato da atual direção da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
É a primeira vez que detentos conseguem escapar de um presídio de segurança máxima do País.
De acordo com o ministério, um policial penal federal foi indicado para comandar a unidade. O nome do policial não foi informado na nota divulgada pela pasta por questões de segurança.
Providências
Conforme a nota oficial, Ricardo Lewandowski, adotou as seguintes providências:
- Determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo.
- Acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos, ação que já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
- Ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.
- Instruiu a Polícia Federal (PF) para que efetuasse o registro dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol, bem como a sua inclusão no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade policial internacional;
- Mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que realize o monitoramento das rodovias sob sua jurisdição e dê suporte à recaptura dos presos.
- Mandou que fosse realizada uma imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.
Penitenciárias
Atualmente, existem cinco penitenciárias de segurança máxima no País, localizadas em Mossoró (RN), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).
ag.brasil