O número de mortos nos incêndios florestais do Chile subiu para 112, segundo o Serviço Médico Legal.
Segundo o presidente chileno, Gabriel Boric, os números crescerão “significativamente” nas próximas horas, enquanto bombeiros, soldados e brigadistas lutavam para apagar vários incêndios no centro e no sul do país.
A maior parte do fogo estava se espalhando na região costeira de Valparaíso, onde vivem quase um milhão de pessoas, e onde ficam a sede do Congresso e um dos principais portos do país.
“Estamos juntos, todos nós, combatendo a emergência. A prioridade é salvar vidas”, disse Boric em uma mensagem à nação, acrescentando que havia decidido manter o toque de recolher e reforçar a presença militar nas áreas mais afetadas.
Além de Valparaíso, o fogo estava ativo nas regiões centrais de O’Higgins, Maule e Ñuble e na região sul de La Araucanía. “Neste momento, infelizmente, posso confirmar o número oficial de 64 mortos”, disse Boric.
“Sabemos que esse número vai aumentar, vai aumentar significativamente (…) estamos enfrentando uma tragédia de grande magnitude”, acrescentou.
As autoridades disseram que a tragédia é a pior desde o forte terremoto de 2010, que deixou meio milhar de mortos.
Boric disse que havia decretado um período de luto nacional de dois dias a partir de segunda-feira “porque todo o Chile está sofrendo e chorando nossos mortos”.
O incêndio também forçou o fechamento da refinaria Aconcágua, a segunda maior do país, localizada a cerca de 15 quilômetros ao norte da cidade costeira de Viña del Mar, que foi fortemente afetada pelos incêndios.
reuters