O Governo do Estado anunciou aporte de R$ 60 milhões à Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul) durante reunião com membros da diretoria do plano e parlamentares na noite desta terça-feira (15), em Campo Grande.
De forma parcelada, a gestão de Eduardo Riedel (PSDB) irá enviar para a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) um projeto de lei que prevê a concessão do valor, como contrapartida da contribuição do plano no enfrentamento à pandemia de covid-19.
Diante o repasse previsto, a Cassems deve reduzir a contribuição fixa por beneficiário de R$45 para R$35, limitada a R$ 140 por grupo familiar natural, não abrangendo os agregados,além do fator participativo para próteses em cirurgias.
No anúncio, estiveram o presidente da caixa, Ricardo Ayache, o conselheiro de Administração, Lauro Davi, o conselheiro fiscal, Wilson Xavier, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Caravina e a comissão mista da Alems, formada pelos deputados estaduais Londres Machado (PP), Coronel David (PL), Pedro Kemp (PT), Lia Nogueira (PSDB) e Roberto Hashioka (UB), e o representante do Fórum dos Servidores Públicos, Thiago Mônaco, o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, e o vice-presidente da Feserp (Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais), Michel Vaz
Prestação de contas
Mais cedo Ayache e Davi estiveram no TCE (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) para sugerir que a Corte fiscal analise os balanços financeiros do plano de saúde.
No contexto financeiro apresentado aos parlamentares, a Cassems revelou um passivo de R$ 190 milhões, que representa as obrigações e dívidas da entidade, correspondendo a 15% do patrimônio total, que é de R$ 1 bilhão. No entanto, a entidade conta com apenas R$ 90 milhões em caixa. A diferença entre o passivo (R$ 150 milhões) e o caixa (R$ 90 milhões) resulta em um desequilíbrio financeiro de R$ 60 milhões.
Foi aprovada a elevação da contribuição dos funcionários estaduais à Caixa de Assistência diante da exposição de déficit nas receitas, o que gerou debate sobre como equacionar as contas do serviço de saúde com menor ônus aos servidores.
“Viemos ao TCE para buscar, considerando a respeitabilidade do Tribunal, uma avaliação das nossas contas, da contabilidade da Cassems e processos internos, para que a gente tenha a oportunidade de oferecer ao servidor público, além das auditorias que já temos, auditorias externas, da avaliação da ANS (Agência Nacional de Saúde), tenhamos também um parecer do TCE”, explicou Ayache.
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