O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul está em alerta para atuar em caso de incêndios florestais o Pantanal, Cerrado e também na Mata Atlântica, biomas presentes no Estado.
O alerta começou ontem (17), após a publicação da portaria do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) que suspende as autorizações ambientais de “queima controlada” até 31 de dezembro deste ano.
“Por estarmos em período de estiagem e baixa umidade relativa do ar, e mesmo no inverno temos dias que a temperatura ultrapassa os 30°C. Aliada a vegetação seca, é um cenário com grande risco de incêndios florestais no Estado”, explica a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros Militar de MS.
Na prática, o período é de cautela e monitoramento constante, e caso haja ocorrências as equipes estão a postos em diferentes regiões do Estado, como ocorreu no dia 7 de julho. Na ocasião com uso de técnicas de combate aos incêndios florestais aliadas a tecnologia, o Corpo de Bombeiros Militar conseguiu extinguir o fogo da região de Nabileque, próximo ao Forte Coimbra, no Pantanal.
A linha de fogo chegou a atingir aproximadamente 4km de extensão. As chamas foram controladas após dois dias de trabalho e para garantir a segurança da área, as equipes mantiveram o monitoramento da região até o dia 12 de julho.
“Nos meses de agosto e setembro é estabelecido o período proibitivo do uso do fogo em todo o Estado. E no Pantanal, se estende ainda, pelo mês de outubro. Contudo, considerando o cenário crítico, esse período pode ser antecipado ou estendido como ocorreu nos últimos anos, por conta dos grandes incêndios e seca que assolaram o Estado nos três biomas presentes aqui, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. Para a extensão desse período, analisamos e consideramos os estudos contínuos realizados”, afirmou a tenente-coronel Tatiane.
Suspensão de queima controlada
A suspensão das autorizações de “queima controlada” está embasada na nota técnica emitida pelo Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), que analisou as tendências meteorológicas e focos de calor para o trimestre julho, agosto e setembro, indicando a necessidade de suspensão das atividades com uso do fogo para prevenir eventuais incêndios florestais.
“O corpo de bombeiros não atua somente na extinção, nós trabalhamos o ano inteiro. Principalmente em ações de planejamento, prevenção e preparação para os incêndios florestais. Nosso Estado possui legislação inovadora, que é referência, o PMIF (Plano de Manejo Integrado do Fogo) que nos possibilita o melhor controle e preparo do ambiente para que não haja incêndios. Mas se mesmo assim ocorrerem, os investimentos que o Estado tem feito, possibilita ao Corpo de Bombeiros uma resposta mais efetiva. Hoje contamos com duas aeronaves para o combate aos incêndios florestais e investimentos em equipamentos, capacitação e tecnologia”, explicou a chefe do CPA.
O uso da tecnologia contribui para as ações de monitoramento e preservação do Pantanal e do Cerrado em Mato Grosso do Sul, no trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros no combate aos incêndios florestais.
GE