Em maio, após quatro meses consecutivos de volumes inferiores a 600 milhões de cabeças, a produção brasileira de pintos de corte voltou a superar essa marca. De acordo com a APINCO, no quinto mês de 2023 foram produzidos perto de 608 milhões de pintos de cote, resultado que significou aumento de, praticamente, 9% sobre idêntico mês de 2022.
Embora esse índice corresponda à maior variação anual em dois anos em meio, não significa, necessariamente, grande expansão do volume. É que a produção de maio do ano passado foi uma das menores de 2022, ficando cerca de 3% abaixo da média alcançada nos outros 11 meses do ano.
Também não representa resultado inédito ou fora da curva. Pois permanece aquém, por exemplo, dos 621,7 milhões de cabeças de dezembro de 2022. E muito mais abaixo, ainda, dos 629 milhões de cabeças, recorde que permanece imbatível desde outubro de 2020.
Agora, no acumulado do ano, o total produzido de pintos de corte soma 2,853 milhões de cabeças, 3,5% a mais que nos mesmos cinco meses do ano passado. Supondo-se, grosso modo, que esse índice de expansão tenha ocorrido também na produção de carne de frango, conclui-se que a oferta interna do período ficou estável ou negativa em relação a 2022, pois no período as exportações de carne de frango aumentaram quase 11%.
Agora, em 12 meses, o volume produzido chega aos 6,967 bilhões de cabeças, perto de 2% a mais que o produzido em idêntico volume anterior.
Mantido, no ano, o atual índice de expansão, o total de 2023 irá girar em torno dos 7 bilhões de pintos de corte, correspondendo a novo recorde anual do setor. Porém, mantida a produção mais recente esse volume será superado, podendo chegar aos 7,1 bilhões de cabeças.