PF continua buscas de megatraficante de MS que fugiu de helicóptero

Seguem as buscas para prisão do megatraficante de drogas Antônio Joaquim Mota, conhecido como Motinha ou Dom, em Ponta Porã, a 350 km de Campo Grande. Ele também atuava em Pedro Juan Caballero, município que faz fronteira com MS.

Devido o vazamento de informações de uma operação da Polícia Federal (PF) que iria prender o criminoso, Dom fugiu de helicóptero de sua fazenda no lado paraguaio na última sexta-feira (30). Mesmo assim, seis membros da grupo criminoso foram presos.

De acordo com a PF, o traficante coordena uma sofisticada organização criminosa paramilitar a serviço do tráfico internacional de drogas. O grupo conta com paramilitares brasileiros e estrangeiros com experiência em conflitos internacionais, recrutados pela sua experiência.

A Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego em uma operação policial simultânea em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

A operação foi chamada de Magnus Dominus (Todo Poderoso, em latim), referência ao líder do grupo criminoso que se autointitula “Dom”, uma referência a Dom Corleone, do filme “O Poderoso Chefão”.

“Para viabilizar o cumprimento simultâneo de medidas no Paraguai, foi implementada intensa cooperação policial direta com as autoridades paraguaias, contando também com a participação do Ministério Público Federal”, diz a PF em nota.

Antônio Joaquim Mota é o atual líder do chamado “clã Mota”, organização criminosa que já atuou no contrabando de cigarros, aparelhos eletrônicos e agora se especializou no tráfico internacional de drogas. Motinha teria negócios com grandes traficantes que atuavam na região e que estão presos, como Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro.

Durante as investigações, a PF constatou que a organização criminosa possui grande poder bélico, com coletes balísticos, drones, óculos de visão noturna, granadas, além de armamento de grosso calibre, a exemplo de fuzis .556, 762 e .50, este capaz de perfurar blindagens e abater aeronaves.

Na operação, foram realizadas duas prisões em Minas Gerais, uma em São Paulo, uma no Rio Grande do Sul, e duas em Mato Grosso do Sul. Além dos suspeitos presos, a PF apreendeu cerca de 14 armas, além de 40 caixas de munição, seis granadas e colete balístico.

 

 

 

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