Anunciado recentemente, o Grupo Piccin, de São Carlos-SP, e a empresa argentina Crucianelli, acabam de assinar oficialmente um joint venture para a fabricação de plantadeiras em território brasileiro. A celebração do acordo ocorreu no último dia 7, durante a Agroactiva, na província de Santa Fé, no País vizinho. Participaram importantes autoridades, como o governador Omar Perotti e o ministro de produção de Santa Fé, Daniel Costamagn, além do diretor presidente do Grupo Crucianelli, Gustavo Crucianelli, o CEO do Grupo Piccin, Camilo Ramos.
Da esquerda para à direita, Camilo Ramos (CEO Grupo Piccin), Marcos Piccin (Sócio Proprietário Grupo Piccin), Raul Crucianelli (Sócio Proprietário Crucianelli), Gustavo Crucianelli (CEO Crucianelli) e Daniel Costamagna (Ministro da Ciência, Produção e Tecnologia).
De acordo com o executivo da Piccin, é um momento memorável, um grande passo a favor do agronegócio Latino Americano, não só para os produtores brasileiros e argentinos. “Mais do que a assinatura para a construção de um negócio, este é o compromisso de inovar utilizando as melhores tecnologias existentes hoje no mercado”, disse o CEO.
Já para Crucianelli, esta é a realização de um sonho. “Há 25 anos este passo está na cabeça dos gestores da empresa, e foi um processo muito longo, a pandemia passou, mas não desistimos e o desejo de realizá-lo nos possibilitou efetivá-lo e então começar a fabricar nossas máquinas no Brasil”, completou.
Brasil é referência
O Brasil caminha para se tornar a principal potência agrícola mundial. De acordo com o Ministério da Agricultura, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022 fechou em R$ 1,189 trilhão, o segundo maior em uma série de 34 anos de cálculo desse indicador. Já o faturamento das lavouras foi de R$ 814,77 bilhões e o da pecuária de R$ 374,27 bilhões. Tanto protagonismo chama a atenção de grandes companhias que atuam fora desse mercado, que foi o caso da Crucianelli.
A empresa, que atualmente, desenvolve semeadoras e plantadeiras, exportando para várias partes do mundo, incluindo a Romênia, acredita que com poucas adaptações, os modelos produzidos por eles podem competir com paridade por aqui. “Algumas peças serão enviadas da Argentina, enquanto outras serão produzidas no Brasil. Da mesma forma, as máquinas poderão ser comercializadas com as condições de financiamento do Governo e instituições nacionais”, reforça o diretor presidente da Crucianelli.
Como se dará a parceria
O joint venture possui um plano de trabalho que busca aproveitar a política industrial promovida no Brasil, nacionalizando plantadoras que serão montadas em São Paulo. Isso incluí, aproveitar a experiência do parceiro local na logística industrial e canais de vendas. A área de atuação foco será o Centro-Oeste brasileiro.
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