O estado de Mato Grosso do Sul possui a terceira menor taxa de extrema pobreza no Brasil, com 2,8%. O levantamento foi feito pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Estado fica atrás apenas do Distrito Federal (2%) e Santa Catarina (1,9%). Goiás (2,9%) e Rio Grande do Sul (2,9%) ocupam a quarta e quinta posição, respectivamente. A média nacional é de 6,4%. O Maranhão tem o maior índice de extrema pobreza com 15,9%.
Em relação à taxa de pobreza, Mato Grosso do Sul tem o sexto menor índice, com 23%. Em primeiro lugar com o menor índice está Santa Catarina (13,9%), seguido por Distrito Federal (17,3%), Rio Grande do Sul (18,2%), São Paulo (20,4%), e Paraná (21,3%). A média nacional é de 33%.
Quando assumiu a gestão estadual, o governador Eduardo Riedel, falou sobre o desafio de combater a pobreza por meio da inclusão. “É nosso dever assistir os mais vulneráveis, sem, no entanto, compactuar com a eternização da pobreza extrema. Nosso grande desafio sempre será incluir à vida produtiva a cidadania plena, os que estão à margem da nossa sociedade organizada”, afirmou.
Em relação ao último ano, o Brasil apresentou uma queda na taxa de pobreza. A média nacional foi de 38,2% para 33% no período de um ano. Já a extrema pobreza passou de 9,4% para 6,4%. Com isso, cerca de dez milhões de pessoas saíram da linha da pobreza no Brasil no último ano.
Em igual período, os índices em Mato Grosso do Sul na linha de pobreza e de extrema pobreza também reduziram, respectivamente, de 31% para 23% (saindo do 7º menor para o 6º) e de 4,4% para 2,8% (de 6º para 3º).
Na Capital
De acordo com a Central Única das Favelas (CUFA) de Campo Grande, na Capital sul-mato-grossense existem cerca de 36 mil mães vivendo em 39 favelas do município.
As comunidades com maior densidade habitacional em Campo Grande são da ocupação Homex, no bairro Paulo Coelho Machado com 7 mil pessoas divididas em aproximadamente 1.500 famílias, seguida pela Favela do Mandela com 175 famílias, no bairro Cel. Antonino e pela Comunidade Vitória com 140 famílias.
Pesquisa publicada pelo IBGE em 2020, que trazia dados coletados em 2019, mostrava o número de domicílios levantados em aglomerados subnormais (ocupações irregulares) de todo o País. À época, os dados regionalizados de Mato Grosso do Sul mostravam que só em Campo Grande, em 2019, havia 4.516 famílias morando nas 38 favelas da cidade.
No mesmo ano, a ocupação da Homex apresentava 901 domicílios, enquanto a ocupação Samambaia tinha 434 e a Favela do Mandela contava com 300. O levantamento do IBGE ainda apontava que, em 2019, havia na cidade 12 favelas com 30 domicílios cada.
Pesquisa
O IJSN é uma instituição de pesquisa que desenvolve estudos sociais, econômicos e territoriais, conjugando métodos científicos tradicionais, vinculada à Secretaria de Economia e Planejamento (SEP), Governo do Estado do Espírito Santo.
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