A Justiça de Portugal condenou sete brasileiros presos com uma tonelada de cocaína em 22 de maio de 2019. Eles são acusados de integrar a organização criminosa chefiada pelo ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto Carvalho. Apontado como o “Pablo Escobar” brasileiro, ele está preso na Europa.
Segundo o colunista Jozmar Josino, do Uol, os homens foram presos em um navio no Oceano Atlântico, na região de Cabo Verde, a 4 mil quilômetros de Portugal.
Os condenados são Edmilson Miranda Gomes, 59, Francisco Gomes Barbosa, 43, Marcos Antônio Teófilo da Silva, 48, José Bezerra Pereira, 68, Janilton Sousa da Rocha, 41, Wálter Santos de Pontes, 40, e Marcelo Teixeira de Lima, 48. Edmilson, o piloto do Wood, foi condenado a nove anos. Para os demais, a pena foi de oito anos e seis meses.
A droga tinha alto grau de pureza, entre 84,8% e 91,6%. A embarcação chamou a atenção das autoridades à época após solicitar autorização para viagem inicialmente entre portos de Recife e Natal e da capital do Rio Grande do Norte partiu rumo à África.
Carvalho encontra-se preso desde junho do ano passado em Budapeste, capital húngara, após ser capturado em um hotel de luxo. Ele utilizava documentos falsos e tinha até criado uma versão morta, apontando uma pessoa que morreu de Covid-19 em 2020 e foi cremada como se fosse o ex-major.
No começo deste ano, o Ministério Público de Portugal apresentou denúncia contra 18 pessoas ligadas a Carvalho pelos crimes de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Entre os acusados, 16 portugueses, um é angolano e outro indiano, inclusive um português apontado como braço direito de Carvalho.
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