MS vai aumentar a destinação do milho para a indústria do biocombustível

Para 2024, a previsão é de que 3 milhões de toneladas da safra de milho de Mato Grosso do Sul sejam destinadas à produção de biocombustível. Parte dos grãos, que antes eram exportados, agora vão ser processados no Estado, segundo informações do titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

“Nós redefinimos o mercado de milho no Estado. Mato Grosso do Sul é um estado de 10 milhões de toneladas. A partir do ano que vem, três milhões de toneladas de milho serão absorvidas por empresas de etanol”, afirmou.

Mato Grosso do Sul é o segundo estado do país em produção de biocombustível, atrás apenas de Mato Grosso.

“Por mais que Goiás tenha nove plantas, nós somos os segundos do país. Vamos ter mais uma planta em Maracaju, que será inaugurada em agosto, em setembro já começa a operar”, analisou Verruck.

O titular da Semadesc reforçou ainda que o milho utilizado para gerar o biocombustível também gera DDGS, farelo de milho que pode ser utilizado para ração animal e bonicultura, e óleo de milho.

“O Mato Grosso do Sul deixa de ter uma disponibilidade para exportar de milho e passa a desenvolver essa cadeia produtiva do etanol”.

Além de garantir o melhor uso do milho dentro do Estado, a Semadesc trabalha para desenvolver alternativas de cultura de inverno, para que não tenha risco climático.

Investimento

Na última semana, a Inpasa Brasil anunciou um investimento de mais de R$ 400 milhões na planta de Dourados, que faz etanol neutro, utilizado em bebidas, remédios, perfumes, para a neutralização do etanol e também para o óleo especial utilizado em fármacos.

Colheita de milho

O Boletim semanal da Casa Rural da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), divulgado no dia 14 de abril, aponta que o plantio da 2º safra de milho no estado já atingiu 99.1% da área esperada, nas regiões norte, centro e sul.

Os dados mostram que na região centro de MS, apenas Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante haviam atingido 100% da área plantada. Em Campo Grande, Terenos e Sidrolândia, 95% da safra já foi concluída.

Na região sul, Coronel Sapucaia é a única que tinha 96% da área plantada, em 14 de abril, quando o balanço foi divulgado. Nas demais cidades, como Amambai, Jardim e Maracaju, a colheita já foi concluída.

O boletim também aponta que a expectativa é de que a safra seja 5,39% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo a área de 2,325 milhões de hectares.

Espera-se também que a produtividade atinja 80,33 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas, apontando retração de 12,28% quando comparada ao ciclo anterior.

 

 

Semadesc/ Ana Clara Santos

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